Alta nos preços do setor imobiliário leva classe média a apartamentos menores.
Alta nos preços do setor imobiliário leva classe média a apartamentos menores
A recomposição nos preços dos imóveis, impulsionada pelo aumento nos custos de construção, está moldando novos perfis e demandas no mercado imobiliário brasileiro. A tendência limita o poder de compra da classe média, principal público dos apartamentos intermediários (entre 45 m² e 100 m²).
Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que o setor registrou 149.487 lançamentos no primeiro semestre de 2024, com 180.162 unidades residenciais vendidas no período, um aumento de 5,7% em relação aos primeiros seis meses de 2023. O Índice Nacional de Custos da Construção da FGV acumulou alta de 5,23% em 12 meses até setembro.
Mesmo com o mercado de trabalho aquecido e menor índice de desemprego, a percepção é que está difícil para a classe média acompanhar o aumento dos preços dos empreendimentos, sem contar as dificuldades para conseguir crédito em meio a juros altos. Portanto, mesmo com o crescimento no setor imobiliário, o perfil dos chamados “apartamentos intermediários” tem mudado pelo país.
“Essa perda do poder de compra está empurrando as pessoas que compravam imóveis de médio padrão para apartamentos mais econômicos”, afirma Rogério Oliveira, vice-presidente do Secovi-DF.
Essa realidade obriga as construtoras a readequar as demandas recebidas para a realidade financeira das famílias.”Não adianta a gente só acertar o produto, também temos que pensar na modelagem financeira para as pessoas conseguirem adquirir essas unidades”, argumenta Débora Bertini, diretora-geral da MPD Engenharia.
Apesar disso, o mercado continua a crescer em todos os segmentos, com incorporadoras adaptando seus projetos para incluir diferenciais como espaços de coworking, lavanderias coletivas e áreas para recebimento de deliveries.
Fonte: g1
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